13.9.11

O descanso da poetisa



Sou aquela que escreve com a alma.
Não utilizo jargões e frases feitas.
Escrevo sobre o que amo,
O que sinto,
O que sofro.

Trago então a idéia.
Tento torná-la atemporal.
O turbilhão de emoções que domina meu ser,
Trapaceia minha mente.
E a cada novo verso, mesmo lugar banal.

Constantemente enfrento minhas limitações.
Porém vejo além do que os outros vêem.
Nem sempre sou entendida,
Ouvida,
Sentida.

Como toda artista,
Sou incompreendida enquanto minha existência.
Mas serei um dia páginas de uma grande obra.
Chega! Estou farta!
Peço licença para meu descanso.

Então, de leve pouso a caneta sobre o papel.
E a lágrima que cai, deixa a tinta apagada.
Não sei quando voltarei a escrever.
Só sei que hoje, ser poetisa, é só mágoa

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