2.5.11

A tal da felicidade




Definam-me felicidade.
Mas me contem devagarzinho.
Deixem-me apreciar o seu sabor.
O perfume da brisa das flores
Sendo levado pelo vento,
Batendo no rosto cansado
Que a vida amargurou.

Definam-me felicidade.
Da criança abrindo um brinquedo,
Dos colegas da escola que o tempo deixou.
Do pôr-do-sol dos músicos,
Das velhas cantigas de roda,
Do casal apaixonado em uma noite de amor.

Definam-me felicidade.
Mas a encham de alegria.
Acolham um coração com dor.
Definam-me a tal da felicidade.
Das mentiras dos poetas,
De uma vida sem enganos,
E dos poemas de amor.

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