27.4.11

Vale das Almas





Não sei quantas almas tive.
Cada uma delas eu perdi.
O que sobrou de mim hoje,
Rasga, queimando e destruindo
Aquele pouco que ficou.

Procuro em círculos, e não acho.
Percorro por todo o vale,
Em busca de uma só delas
Que me traga de volta a alegria.

Cansaço, dor, medo, raiva.
Todo o conjunto de mim.
Atrás de cada árvore, escondidas.
Vagam pelas sombras e pelo frio,
De um vale gélido e sem vida.

Não sei se as desejo ter de volta.
Se devo temer, a escuridão e o pavor.
Ficarei aqui sentada!
Esperando e sofrendo... o que restou.

2 comentários:

  1. Anônimo28.4.11

    Toda alegria está contida na alma que hoje habitas... as passadas apenas deixaram seu rastro, mas não a sua essência se renova a cada novo ciclo da vida.

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  2. Anônimo2.5.11

    ..."mas não a sua essência, que se renova a cada novo ciclo da vida".

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